Afinal, ouvir música secular é pecado ou não!?


Para responder a essa pergunta, é necessário primeiro entender que existem pelo menos 3 tipos de músicas que tem poder de influência sobre a vida de quem as ouve, dentre elas: a Música Cristã, Música Não-Cristã e a Música Anti-Cristã, vamos falar um pouco sobre elas.

1ª Música Cristã:
Esse tipo de música normalmente é inspirada por Deus, e sempre tem como base fundamental a palavra de Deus, podem ser ou não de conteúdo bíblico explícito, como podem ser traduzidos em mensagens que trazem de uma forma mais simples ou mais aberta o conteúdo bíblico propriamente dito. Mas certo é, que todas têm algo a acrescentar à nossa vida cristã.

2ª Música Não Cristã:
Chamada de Música Secular ou “Mundana” como costumam dizer, é composta de letras de diversas fontes, mas desde que não firam nenhum princípio cristão, elas se encaixam nesse perfil. Não vão de contra à palavra de Deus, não interferem na fé de quem as ouve, de forma que também pode acrescentar à própria vida. Falarei mais sobre isso abaixo.


3ªMúsica Anti-Cristã:
Também chamada de Música Secular ou “Mundana”, essa sim é muito perigosa. São músicas influenciadas pelo próprio inimigo de nossas almas, de forma a causar opressão, ferir a palavra de Deus, e interferir diretamente na fé de quem as ouve, pode ter ou não conteúdo explícito, podem trazer muitas mensagens subliminares nas próprias letras e induzem ao pecado.
Sempre fica essa dúvida para nós cristãos, afinal, ouvir música secular é pecado ou não? Eu gosto muito de um texto que está em Romanos 14.14 “Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus, que nenhuma coisa é de si mesma imunda, a não ser para aquele que a tem por imunda; para esse é imunda!” Esse texto na realidade está se referindo a comida na passagem de Romanos, mas nos traz o entendimento sobre vários outros assuntos, dentre eles, a própria música.
Se para uma pessoa, ouvir música secular é pecado, conseqüentemente, ao ouvi-la, será pecado.  Porque trará sobre si peso e condenação, pelo fato de sentir que não pode ouvi-la, e ainda precederá o afastamento de Deus, por conseqüência do próprio pecado (Is. 59.2). É importante salientar, portanto, que a palavra de Deus é completa, há resposta para tudo, é infinita e perfeita (II Tm. 3.16).  Para certos tipos de atitudes, você verá claramente o que pode ou não, o que é lícito ou não ao Cristão. Em Êxodo 20, por exemplo, Deus deixou claro ao povo de Israel, através da Lei, os 10 mandamentos. Fica claro pra gente nesse texto que, por exemplo, roubar é pecado, e não restam dúvidas. Já para outras coisas, a bíblia nos deixa vários ensinamentos que nos leva a entender e interpretar de tal forma que podemos afirmar ou não o que seja errado ou não. Exemplo, onde na bíblia, encontro que comer carne talvez seja pecado, ou onde está escrito na bíblia que talvez não se possa assistir TV, enfim, onde na palavra de Deus está escrito que talvez não se possa ouvir música secular?!
Agora, se alguém acha que ouvir determinado tipo de música que seja “Não-Cristã”, por algum motivo que julga ser correto, não podemos julgá-lo. Não tem como usar um texto bíblico pra condenar tal atitude, já que o texto acima nos remete a idéia de que para essa determinada pessoa não é considerado “imundo” ouvir tal música. Nesse mesmo texto de Romanos 14, no versículo 22 diz: “Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova.”
É uma faca de dois gumes. Como pode uma pessoa dizer que é pecado ouvir música secular, se ao mesmo tempo, nos filmes de cinema, nos comerciais de TV e nas novelas que ela assiste, se encontra a própria música secular, o que é pior, devido a indução que a própria novela nos leva ao pecado. Foi publicado há algum tempo atrás na Revista VEJA, que a Novela da Rede Globo é baseada em cinco princípios base para ser produzida, dentre os quais: “Drogas, Assassinato, Traição, Sensualidade e Doença”. Como se não bastasse, o ser humano registra melhor as coisas visuais por serem mais fáceis de ser lembradas. Os olhos são uma das melhores portas de entrada para o pecado. Não quero justificar de maneira nenhuma, que o ouvir música secular seja puro, santo e agradável a Deus. Pelo contrário, bom seria que todos só ouvissem músicas cristãs.
Agora, um dos textos mais fantásticos que eu considero da bíblia, se falando nesse assunto e para vários outros, é esse: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma.” 1 Coríntios 6:12. Olha que texto maravilhoso! Ele me diz que “tudo” está ao meu alcance, “tudo” me é permitido, ou seja, tudo está a minha disposição, está sendo oferecido a mim, mas a pergunta é: Será que vale a pena? Será que há necessidade? Isso me fará bem? O que me acrescentará à vida? Essas e outras perguntas devem ser feitas a nós mesmo, ao se deparar com a necessidade ou não de ouvir uma música secular. Além do que, este texto vale para diversas áreas de nossa vida, comece a aplicá-lo na sua vida, e você verá se vale a pena ou não. Se alguém julgar de tal forma que não seja errado ouvir música secular, se o Espírito de Deus não o incomoda, se ele não se sente mal por isso, e se principalmente a música não afeta a sua fé, e não fere os princípios da palavra de Deus, não vejo problema algum, da mesma forma para os filmes de cinema, TV em geral e etc. Existem músicas que nos trazem bons ensinamentos. Gostaria de deixar um exemplo, a música “É PRECISO SABER VIVER” da Banda Titãs, confira a letra. É uma música fabulosa. Quem é que pode dizer que não traz bons ensinamentos? Quem é que pode dizer que foi ou não inspirada por Deus? Quem dirá que Deus não usa uma pessoa que não é Cristã para falar ao Cristão? Se até um animal Deus já usou para falar, e ainda o próprio Jesus já afirmou, que dependendo da situação, até as pedras falariam!
Existe outro texto bíblico que diz: “Examinai tudo, retende o bem” (I Ts 5.21) Examinai significa “Considerar atentamente e nos mais pequenos pormenores”. Ou seja, existem muitas músicas que ao mesmo tempo em que trazem boas coisas, profanam a pureza, daí já é um caso de avaliação, reter o que é bom, e descartar o que não presta é também uma atitude que vale pra tudo em nossas vidas. Funciona como o organismo humano, você se alimenta, o próprio organismo filtra os componentes para nutrir o corpo e descarta o que não faz bem ao corpo humano.
Agora a última coisa eu quero opinar a respeito desse assunto é sobre o escândalo, veja os textos a seguir: “Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus.” (I Co. 10.32), veja também: “Assim que não nos julguemos mais uns aos outros; antes seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao irmão.” (Rm 14.13) e ainda: “Não dando nós escândalo em coisa alguma, para que o nosso ministério não seja censurado” (II Co.6.3). É importante, meus irmãos, que isso seja bem observado! O que diriam de um líder de louvor, com seu automóvel com som alto ouvindo, por exemplo, a música: “REBOLATION”? Dificilmente seria entendido pelos seus subordinados, ou como diz em I Co. 10.32, pelos que ainda não foram salvos. No decorrente a isso, é relevante entendermos que se ao ouvir música secular, gera escândalo na comunidade local, na igreja onde congrega, se torna pecado, porque levou o irmão ao escândalo.
Mas afinal, ouvir música secular é pecado ou não? Depende de todos esses fatores, certo é que não podemos julgar uns aos outros dizendo: “É Pecado!” ou “Não é pecado!”, a bíblia diz que o Espírito Santo é que nos convence do pecado, da justiça e do juízo. “Todavia digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque, se eu não for o Consolador não virá a vós; mas, quando eu for, vo-lo enviarei. E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo.” (Jo. 16.7-8). E uma coisa que tem que ser observada também é que estejamos atentos para que não usemos dessa “liberdade” que se nos é oferecida, e usar como desculpa pra nos alimentar de músicas sensuais e estimulantes ao pecado de forma nos afasta da presença do Deus Todo Poderoso. (Gl 5.13)




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